05 SET 2023
Conscientização e prevenção do suicídio: o que você precisa saber
O suicídio é um problema grave de saúde pública, que afeta pessoas de todas as idades, gêneros, culturas e classes sociais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida no mundo, sendo a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, estima-se que ocorram cerca de 12 mil suicídios por ano, o que equivale a uma morte a cada 45 minutos.
O suicídio não é uma decisão impulsiva ou sem motivo. Ele é o resultado de uma complexa interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais, que podem gerar um intenso sofrimento e uma sensação de desesperança na pessoa. Alguns dos fatores de risco mais comuns para o suicídio são:
Transtornos mentais, como depressão, ansiedade, bipolaridade, esquizofrenia e dependência química;
Histórico familiar ou pessoal de tentativas ou suicídio consumado;
Experiências traumáticas ou estressantes, como violência, abuso, bullying, perdas, luto, separação, desemprego ou doenças graves;
Isolamento social ou falta de apoio emocional; Acesso a meios letais para se matar.
Transtornos mentais, como depressão, ansiedade, bipolaridade, esquizofrenia e dependência química; Histórico familiar ou pessoal de tentativas ou suicídio consumado; Experiências traumáticas ou estressantes, como violência, abuso, bullying, perdas, luto, separação, desemprego ou doenças graves; Isolamento social ou falta de apoio emocional; Acesso a meios letais para se matar.
Sinais de Alerta
Os sinais de alerta são indícios de que a pessoa pode estar pensando em se matar ou planejando uma tentativa de suicídio. Eles podem variar de acordo com cada indivíduo, mas alguns dos mais frequentes são:
Expressar ideias ou sentimentos suicidas, como “eu queria morrer”, “eu não aguento mais”, “eu sou um peso para os outros”, “eu não tenho mais motivo para viver”;
Mudanças bruscas no comportamento, humor ou personalidade;
Perda de interesse ou prazer nas atividades que antes gostava;
Isolamento ou afastamento das pessoas e situações;
Descuido com a aparência ou a higiene pessoal;
Alterações no sono ou no apetite;
Abuso de álcool ou outras drogas;
Doar ou se desfazer de objetos pessoais ou importantes;
Escrever cartas de despedida ou testamentos;
Organizar os assuntos pessoais ou financeiro.
Esses sinais devem ser levados a sério e não devem ser ignorados ou minimizados. Eles podem indicar que a pessoa está passando por um momento difícil e precisa de ajuda.
Como Ajudar
Se você perceber que alguém está com algum sinal de alerta para o suicídio, o primeiro passo é oferecer apoio e acolhimento. Você pode fazer isso seguindo algumas dicas:
Demonstre interesse e preocupação pela pessoa. Escute-a com atenção e respeito, sem julgar ou criticar. Mostre que você se importa com ela e que ela não está sozinha.
Não tenha medo de perguntar sobre o suicídio. Falar sobre o assunto não vai incentivar a pessoa a se matar, pelo contrário, pode aliviar a angústia e abrir espaço para buscar soluções. Você pode perguntar algo como “Você está pensando em se matar?” ou “Você tem algum plano para se matar?”.
Encoraje a pessoa a procurar ajuda profissional. Explique que o suicídio não é uma solução e que existem tratamentos eficazes para os problemas que ela está enfrentando. Ofereça-se para acompanhá-la a um serviço de saúde mental ou a um médico de confiança. Se a pessoa já estiver em tratamento, incentive-a a seguir as orientações e a tomar os medicamentos prescritos.
Afaste os meios letais do alcance da pessoa. Se você souber que ela tem acesso a armas, medicamentos, venenos ou outros objetos que possam ser usados para se matar, tente removê-los ou guardá-los em um lugar seguro. Isso pode evitar uma tentativa impulsiva de suicídio.
Mantenha o contato e o apoio. Não deixe a pessoa sozinha, especialmente se ela estiver em uma situação de crise ou com alto risco de suicídio. Ligue, mande mensagens, visite-a e convide-a para sair. Mostre que você se preocupa com o bem-estar dela e que está disposto a ajudá-la.
Onde e como buscar ajuda
Se você ou alguém que você conhece está pensando em se matar ou precisa de apoio emocional, saiba que existem vários recursos disponíveis para ajudar. Alguns deles são:
Centro de Valorização da Vida (CVV): é uma organização não governamental que oferece apoio emocional gratuito e sigiloso 24 horas por dia, por telefone (188), chat, e-mail ou pessoalmente. Os voluntários do CVV são treinados para conversar com as pessoas que estão sofrendo e precisam desabafar.
Serviço de saúde mental: é o local onde você pode encontrar profissionais especializados em saúde mental, como psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e assistentes sociais. Eles podem avaliar a sua situação, fazer um diagnóstico, indicar o tratamento mais adequado e acompanhar a sua evolução. Você pode procurar um serviço de saúde mental na rede pública (como os CAPS - Centros de Atenção Psicossocial) ou na rede privada (como clínicas ou consultórios particulares).
Serviço de emergência: é o local onde você deve ir se estiver em uma situação de crise ou com risco iminente de suicídio. Você pode ligar para o SAMU (192) ou ir ao pronto-socorro mais próximo. Lá, você receberá os primeiros socorros e será encaminhado para o serviço de saúde mental mais adequado.
Conclusão
O suicídio é um problema grave, mas que pode ser prevenido na maioria dos casos. Para isso, é preciso estar atento aos sinais de alerta, oferecer ajuda e buscar ajuda profissional. Além disso, é preciso romper o silêncio e o estigma em torno do assunto, promovendo a conscientização e a valorização da vida.
O Setembro Amarelo é uma campanha que tem esse objetivo: chamar a atenção da sociedade para a prevenção do suicídio e para a importância de falar sobre o tema. Durante todo o mês, são realizadas diversas atividades, como palestras, rodas de conversa, iluminação de monumentos e distribuição de laços amarelos.
Você também pode participar dessa campanha, compartilhando informações confiáveis sobre o suicídio, apoiando as pessoas que estão sofrendo e buscando ajuda se precisar. Lembre-se: você não está sozinho e há sempre uma saída.